"A música pode ser o exemplo único do que poderia ter sido - se não tivesse havido a invenção da linguagem, a formação das palavras, a análise das ideias - a comunicação das almas." Marcel Proust
28 setembro, 2013
Florence and The Machine - Cosmic Love (live)
Numa versão diferente, porque cada um fica com a sua.
É assim em quase tudo.
In a diferent version because everyone has it's own.
That's the way in almost everything.
26 setembro, 2013
José James - Desire
Dia de trabalho, jantar, banho quentinho, pijama, estica-se no sofá.
Entra este som.
Happiness.
24 setembro, 2013
Bon Iver - Wolves
Por vezes cada objecto se ilumina
do que no passar é pausa íntima
entre sons minuciosos que inclinam
a atenção para uma cavidade mínima
E estar assim tão breve e tão profundo
como no silêncio de uma planta
é estar no fundo do tempo ou no seu ápice
ou na alvura de um sono que nos dá
a cintilante substância do sítio
O mundo inteiro assim cabe num limbo
e é como um eco límpido e uma folha de sombra
que no vagar ondeia entre minúsculas luzes
E é astro imediato de um lúcido sono
fluvial e um núbil eclipse
em que estar só é estar no íntimo do mundo
António Ramos Rosa
10 setembro, 2013
Resistência - Nasce Selvagem
Mais do que a um país
Que a uma família ou geração
Mais do que a um passado
Que a uma história ou tradição
Tu pertences a ti
Não és de ninguém
Mais do que a um patrão
Que a uma rotina ou profissão
Mais do que a um partido
Que a uma equipa ou religião
Tu pertences a ti
Não és de ninguém
Vive selvagem
E para ti serás alguém
Nesta viagem
Quando alguém nasce
Nasce selvagem
Não é de ninguém
08 setembro, 2013
Frankie Chavez - Dust My Broom
Uma cover de Robert Johnson, como tantas outras e uma cowboyada à maneira.
01 setembro, 2013
Chris Malinchak - So Into You
O pastor amoroso perdeu o cajado,
E as ovelhas tresmalharam-se pela encosta,
E, de tanto pensar, nem tocou a flauta que trouxe para tocar.
Ninguém lhe apareceu ou desapareceu. Nunca mais encontrou o cajado.
Outros, praguejando contra ele, recolheram-lhe as ovelhas.
Ninguém o tinha amado, afinal.
Quando se ergueu da encosta e da verdade falsa, viu tudo;
Os grandes vales cheios dos mesmos verdes de sempre,
As grandes montanhas longe, mais reais que qualquer sentimento,
A realidade toda, com o céu e o ar e os campos que existem, estão presentes.
(E de novo o ar, que lhe faltara tanto tempo, lhe entrou fresco nos pulmões)
E sentiu que de novo o ar lhe abria, mas com dor, uma liberdade no peito.
Alberto Caeiro - O Pastor Amoroso
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