24 junho, 2013

Marcelo Camelo - Três Dias



"Desaparecer no vento
E acordar no outro instante,
Nó na imensidão do tempo
Todo o sentimento faz"

06 junho, 2013

Hiatus - We Can Be Ghosts Now (feat. Shura)



Awesome chill oooouuuttt...

Porque será preciso um esforço tão grande para nos sentirmos reais, pedaços do agora, organismo em contacto com as pedras do chão ao segundo x, y, z? Normalmente já vivemos na hora seguinte ou há uns anos atrás. No presente não.

Sei que não podemos viver em permanente exaltação do presente, não é natural e nem sempre desejável. A maior parte das vezes vamos a pensar em tudo menos nas pedras que pisamos. Estão adquiridas, é suposto haver chão e a segurança faz falta.

Poderia pensar-se que não valorizamos a rotina. Não concordo, o problema é prévio:
Não reconhecemos a sua existência.
O que se inclui nas rotinas já está morto. As pedras estão mortas porque estão sempre lá. E até os nossos pés que as pisam morrem naquele momento por falta de reconhecimento.

Se o que damos por adquirido fosse, no mínimo, considerado ocasionalmente na sua energia própria, a vida poderia tomar contornos completamente diferentes dos que sequer sabemos existir. 
Não sabemos o que é isso de apreciar naturalmente uma rotina, a não ser que o tentemos propositadamente. Mas é exactamente no fugaz desse dia a dia que queremos ser felizes. É preciso alguma inteligência emocional para o conseguir e alguma parvoíce para pensar sobre isso.

Sofremos todos de um pouco de hipermetropia, quando as coisas são tão próximas que deixamos de as ver.