Melody Gardot traz-nos um novo álbum "The Absence", lançado em Maio deste ano, com inspirações portuguesas dos meses em que viveu em Lisboa. Exemplos disso são músicas como "Lisboa" e "Amália" que, não tanto pelo estilo de música mas sim pelas letras, se tornam bonitas homenagens ao nosso país. Homenagens essas que Melody insistiu em fazer ontem no seu concerto em Cascais, tendo repetido inclusivamente parte da música "Lisboa", dizendo que era bom saber que as pessoas compreendiam o que ela estava a dizer.
Mostrou um álbum mais étnico, mais internacional, com uma forte pincelada brasileira e a par disso, uma personalidade bem mais divertida e energética do que esperava.
Tivémos direito a um encore e depois ainda convenceu o violoncelista a tocar mais uma só com ela, usando o violoncelo como se fosse uma viola, dedilhando com a mão esquerda e direita ao mesmo tempo. Fenomenal, não só pela originalidade, mas pelo surpreendente improviso que criou.
O concerto foi cativante, misterioso, muito diferente do que seria simplesmente pôr um álbum a tocar. As músicas foram bastante alteradas para permitir aqueles rasgos de genialidade que só podem surgir em improvisações (e que depois temos pena de não ter gravado) e proporcionaram-se momentos e atmosferas que só que lá estava sabe. Só assim é que vale a pena.
Uma palavra resume tudo: qualidade.
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